Ministro da Saúde deve vir a Dourados para implantar Samu Indígena

Ministro da Saúde deve vir a Dourados para implantar Samu Indígena

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, deve desembarcar em Dourados para dar andamento nas ações pela implantação do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) Indígena. 

O anúncio sobre a possibilidade da visita do titular da pasta foi feito pelo prefeito Marçal Filho (PSDB), durante prestação de contas dos 100 dias de mandato, na manhã de quinta-feira (10/4), no CAM (Centro Administrativo Municipal), Ainda não há uma data específica.

Uma ambulância já foi disponibilizada pelo Governo Federal para atender esta demanda, porém, como ainda não há ativação de uma base estrutural, o veículo permanece parado, em Campo Grande. 

“O ministro da Saúde [Alexandre Padilha] deve vir a Dourados e marcará o início da entrada de operação do Samu Indígena. O que cabe à prefeitura, é a base, que não temos [como construir], e vamos utilizar a [estrutura] Missão Caiuá”, disse o prefeito. 

Concretizado o projeto no município, ele será pioneiro no país. 

A ideia, é que o serviço seja disponibilizado para atender de forma rápida moradores da Reserva local, formada por aproximadamente 13 mil habitantes nas aldeias Bororó e Jaguapiru. 

Em fevereiro deste ano, técnicos do Ministério visitaram o município e se reuniram para debater o tema. Caso o projeto não saia do papel rapidamente, há risco da ambulância ser remanejada para outro local. 

Recentemente, o deputado federal Geraldo Resende (PSDB) falou sobre o assunto ao Dourados News e chegou a pedir apoio do MPF (Ministério Público Federal) para que a situação fosse resolvida. “Os indígenas da Reserva de Dourados precisam desse serviço com urgência. Eles não podem mais esperar”, disse. 

O processo para a implantação do Samu Indígena vem sendo debatido há anos. 

Documentação

Secretário de Saúde diz que tem conversas para utilizar a Missão Caiuá como base para o Samu Indígena – Foto: Clara Medeiros/Dourados News

Também durante o evento que marcou os 100 dias da atual administração, o secretário Municipal de Saúde, Márcio Grei Alves Vidal de Figueiredo, afirmou que tem conversas adiantadas para utilizar a estrutura da Missão Evangélica Caiuá, para implantar e sediar o Samu Indígena. 

“No início do ano, a Missão Caiuá oficiou o município dizendo que não tinha interesse de colocar a base lá, tendo em vista que não sabia de onde viria o custeio. E eu disse ao prefeito que organizaria isso. Hoje, nós temos uma sinalização positiva para a implementação da base. Estive lá ontem [quarta-feira] conversando [na Missão Caiuá] (…). Nós estamos elaborando esse acordo de cooperação técnica”, disse. 

Recentemente, o município oficiou o Ministério da Saúde e pediu um prazo de 180 dias para resolver a situação, “porque não se faz isso em 20 ou 30 dias”, citou o secretário, completando em seguida: “a administração anterior ficou há um ano e meio discutindo o Samu Indígena e em 90 dias, nós já tivemos aqui a presença do Ministério da Saúde para poder discutir, de fato, e implementar um serviço que seja sustentável (…). Não havia nenhum acordo de cooperação técnica instituído para que a gente definisse as responsabilidades de cada ente, tendo em vista que, tanto a União, quanto o Estado e o município, são responsáveis por esse projeto”, pontuou. 

Projeto Piloto

O projeto da implantação de um Samu Indígena em Dourados é inédito no país e havia previsão de lançamento em agosto de 2024.

Para que saia do papel, é necessário que a base estrutural seja montada em terras indígenas, facilitando assim a logística de deslocamento. 

O objetivo é garantir atendimento rápido à população das duas aldeias em situações de urgência. 

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