TJD-MS quer CBF nomeando interventor para Federação de Futebol de MS

TJD-MS quer CBF nomeando interventor para Federação de Futebol de MS

O Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul (TJD-MS) enviou uma solicitação urgente à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para a nomeação de um interventor na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS). O pedido ocorre após a prisão do presidente da entidade, Francisco Cezário de Oliveira, em decorrência de uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), que resultou na Operação Cartão Vermelho. 

De acordo com o despacho emitido pelo presidente do TJD-MS, Patrick Hernands Santana Ribeiro, a prisão de Francisco Cezário resultou em uma situação de vacância no comando da Federação. Tal circunstância deixou a entidade sem liderança legal, o que compromete a continuidade das atividades da Federação de Futebol no Estado. 

O procurador desportivo que iniciou a medida destaca a necessidade urgente de afastamento do presidente e a consequente nomeação de um interventor pela CBF para regularizar a administração da FFMS. 

“Não podemos permitir que a Federação continue sem comando, o que torna esta medida extremamente oportuna e urgente”, afirmou Ribeiro, no despacho. No entanto, ele decidiu aguardar a manifestação da Federação, por meio dos advogados do presidente, que têm um prazo improrrogável de 48 horas úteis para responder ao despacho. Com ou sem resposta, o TJD-MS deliberará sobre o afastamento do presidente com a máxima urgência.

Adicionalmente, foi deferido o pedido de expedição de um ofício à CBF, solicitando a avaliação do caso e a nomeação de um interventor competente para assegurar a continuidade das atividades da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul.

De acordo com o Ministério Público, a investigação de 20 meses revelou a existência de uma organização criminosa dentro da FFMS, que desviou mais de R$ 6 milhões em fundos provenientes do Estado de Mato Grosso do Sul e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Uma das estratégias utilizadas pelo grupo era a realização de saques frequentes e em pequenas quantias das contas bancárias da FFMS, totalizando mais de 1,2 mil saques e ultrapassando R$ 3 milhões. Outro método de desvio envolvia diárias de hotéis durante jogos do Campeonato Estadual de Futebol. Segundo o Gaeco, parte dos valores pagos aos estabelecimentos era devolvida aos integrantes do esquema. 

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