Secretário aponta caminhos para o desenvolvimento do Estado em fórum empresarial
Como o Mato Grosso do Sul está se preparando para o futuro? Com sustentabilidade, diversificação da base econômica com matriz limpa, transição energética, mas sem esquecer da inclusão social. A resposta foi dada ontem (06) pelo secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, durante a palestra de abertura do Fórum Amcham Avança, voltado para líderes empresariais. O evento realizado no Hotel Deville em Campo Grande reuniu empresários de vários segmentos de comércio, serviços e indústrias e foi promovido em parceria entre a Amcham e o Grupo RCN. Também participaram como debatedoras em paíneis a CEO da MSGÁS, Cristiane Schimitd, e a diretora da Fundação do Trabalho de MS, Marina Dobashi.
Durante sua explanação, Verruck apresentou as ações e desafios que o Governo do Estado tem para os próximos anos. Segundo ele, a sustentabilidade, transição energética e inclusão social estão entre as metas para tornar o MS cada vez mais Próspero Verde, Digital e Inclusivo. “Não há como pensar no desenvolvimento econômico e social do Mato Grosso do Sul sem colocar a sustentabilidade. Quando a gente fala de sustentabilidade, muitas vezes as pessoas pensam em preservação. O que nós mostramos aqui é olhar a sustentabilidade do seu ponto de vista de negócios. Nós temos que ter um agro sustentável e provar que esse agro é sustentável”, relatou.
A diversificação da base produtiva dentro de uma matriz limpa, também é considerada essencial neste processo de crescimento do Estado. “Mato Grosso do Sul tem uma oportunidade de se posicionar como um estado de transição energética com produção de energia limpa. Então é esse conjunto de atividades que vão tornar o Mato Grosso do Sul mais competitivo e preparar exatamente esse Mato Grosso do Sul para o seu futuro e um posicionamento estratégico muito claro em âmbito nacional e internacional”, complementou Verruck.
Ele falou também sobre o papel da iniciativa privada no desenvolvimento econômico. “O governo tem o princípio que o setor privado é o que efetivamente é o motor da economia. E o governo tem que ter um papel, primeiro, de olhar o que é da iniciativa privada e ser um incentivador e apoiador. Essa é a grande lógica. Então, a hora que a gente olha o setor privado, é ele que está propiciando todo esse crescimento. O que nós temos que dar é a diretriz, a oportunidade e o incentivo”, enfatizou.
Gargalos
Sobre o futuro do capital humano, outro assunto debatido no evento, Verruck ressaltou que o Estado passa por uma falta significativa de mão de obra. “Na verdade, é falta de capital humano. E aí nós estamos falando, não é de qualidade, mas no primeiro momento, de quantidade. Hoje nós temos um déficit de quantidade de pessoas no Mato Grosso do Sul. Agora, para sermos competitivos, nós temos que suprir a questão da quantidade. Agora, nós temos que resolver também a questão da qualidade. E aí passa pela qualificação. Melhoria da capacitação naquilo que nós estamos olhando como tecnologias do futuro. Quer dizer, hoje a gente precisa aumentar produtividade. Então o Estado trabalha com uma qualificação desde as mais básicas que aumentam a produtividade e tem também um escopo de ciência e tecnologia extremamente relevante. Mato Grosso tem uma relação per capita de pesquisadores e cientistas extremamente favorável. Então as condições estão postas para que a gente tenha realmente um capital humano para suprir essas necessidades”, finalizou.