Presos mantêm mais de 50 reféns em presídio do Paraguai

Presos mantêm mais de 50 reféns em presídio do Paraguai

Presos da Penitenciária Nacional de Tacumbú, em Assunção, capital do Paraguai, iniciaram na terça-feira (10/10), um motim que já dura mais de 16 horas e, até o momento, 23 agentes e 30 mulheres são feitos reféns pelos internos que fazem exigências ao Governo Federal.

Conforme a polícia do país vizinho, o motim é comandado por criminosos ligados ao clã Rotela. A confusão teria começado após as declarações do ministro da Justiça, Ángel Barchini, que teria atribuído o assassinato de um policial ao grupo.

O último comunicado dos guardas prisionais detidos, segundo o site Última Hora, é que os reclusos têm três pedidos principais de normalidade para regressarem às suas celas. Um é que sejam dadas garantias de que os órgãos de segurança do Estado não vão entrar.

Como segundo ponto, solicitaram uma data definitiva de quando abrirão a penitenciária para novos presos e o terceiro pedido é dialogar com o vice-ministro de Política Criminal, Rodrigo Nicora.

Na noite de ontem, o secretário de Estado chegou à prisão e afirmou que aparentemente foi alcançado um acordo com os presos para a libertação dos reféns. Contudo, essa situação não ocorreu.

Quando questionado se o Ministro da Justiça, Ángel Barchini, pediu desculpas pelas suas declarações, indicou que pessoalmente não tem conhecimento de ter pedido desculpas a ninguém, mas que muitas questões foram esclarecidas e os pressupostos foram sempre discutidos.

Apesar do insistente pedido dos internos pela presença de Barchini, o ministro não se aproximou do local dos acontecimentos e muito menos prestou qualquer declaração a respeito. Ele se limitou apenas a acompanhar e ouvir o ministro do Interior, Enrique Riera.

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