Policial chora ao ver criança morta sobre corpo de mãe na fronteira em MS

Policial chora ao ver criança morta sobre corpo de mãe na fronteira em MS

Policial não conseguiu conter as lágrimas ao ver a criança tentando proteger a mãe

Por baixo de uma farda surrada e já acostumada com crimes bárbaros e casos constantes de violência sem medida, bate um coração. Essa é a história de um policial militar lotado em Ponta Porã, cidade que faz fronteira com Pedro Juan Caballero, um dos lugares mais violentos do Brasil, que chorou ao atender a ocorrência do assassinato de uma mãe e do filho de 7 anos neste domingo (5).

Apesar do olhar calejado pelas cenas quase que diárias de violência ao longo dos seus anos de serviços prestados na fronteira, o policial não se conteve e caiu em prantos ao presenciar a cena de uma criança de braços abertos morta sobre o corpo da mãe, na tentativa de protegê-la da fúria do seu próprio pai.

Davi, de apenas 7 anos, foi morto com dois tiros à queima-roupa na barriga. Ele tentava proteger a mãe Aline que foi atingida por cinco disparos. Pela forma que a criança foi morta, ela teria se colocado entre o pai e a mãe para protegê-la dos tiros.

“Somos acostumados com cenas fortes de assassinatos e execuções, mas ver um filho de 7 anos pular na frente para proteger sua mãe e morrer em cima dela, comove qualquer pai de família”, disse o policial, que prefere não se identificar.

Os disparos foram feitos com a arma encostada na barriga do menino que apresentava queimadura provocada pela pólvora. Depois de cometer o crime o assassino ligou para um amigo e contou que tinha matado a esposa e o filho e que cometeria suicídio.

“É o seguinte: Eu acabei matar a Aline e matei o Davi. E daí eu vou me matar. Eu vou deixar o portão aberto e aí você vem aqui e toma as providências cabíveis tem que tomar e chama a polícia. Tá Bom? Só isso que eu tenho para te avisar, beleza?”, relatou Maurílio ao amigo identificado como Tião.

O crime chocou a população fronteiriça, principalmente do bairro Kamel Saad, onde a família morava. O caso de feminicídio, homicídio e tentativa de suicídio está sendo investigado pelo 1º Distrito Policial de Ponta Porã.

Maurilio Arcanjo, de 62 anos, foi encontrado na varanda da casa em meio a uma poça de sangue com um ferimento à bala na cabeça. Ele foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levado para o Hospital Regional de Ponta Porã, onde até a noite deste domingo continuava em estado gravíssimo.

Créditos: Midiamax

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