Onça avança em equipe e fere outro homem durante resgate do corpo de caseiro no Pantanal

PMA precisou intervir com tiros para conter a onça
A onça-pintada que matou o caseiro Jorge Ávalo no pesqueiro Touro Morto, em Aquidauana (MS), partiu para cima da equipe que tentava resgatar o corpo, na manhã desta terça-feira (22). O felino chegou a ferir um dos voluntários que ajudava na busca e a Polícia Militar Ambiental precisou intervir com disparos de arma de fogo para conter o animal.
Os restos mortais de Jorge foram inicialmente localizados por seu cunhado, um irmão dele e um sargento da PMA, a 200 metros do local do ataque. Após encontrarem os membros, eles deixaram a área e voltaram com reforço.
Ao retornarem, avistaram a onça tentando esconder os restos do caseiro, após arrastar o corpo por mais 50 metros. O felino então foi cercado e reagiu para impedir que os membros fossem recuperados. “A onça atacou a gente”, relata um dos agentes que atuaram no resgate.
Ao avançar contra a equipe, o animal chegou a ferir o punho de um voluntário, identificado como Paulo. “Quase que mata ele. Ele se jogou para trás, ela ainda deu um tapa e rasgou ele”, narra uma testemunha.
Por conta disso, a PMA efetuou disparos de arma de fogo na tentativa de afastar a onça do local. Diante da ação, o animal sumiu na mata sem que a polícia conseguisse constatar se um dos tiros atingiu seu corpo. Confira vídeo do resgate:
Corpo de caseiro morto por onça será encaminhado para Aquidauana
Apenas os membros inferiores de Jorge Ávalo foram encontrados na manhã desta terça-feira (22) no pantanal de Mato Grosso do Sul. De acordo com o delegado que cuida do caso, os restos mortais serão encaminhados ao Núcleo Regional de Medicina Legal da cidade de Aquidauana (MS) para análise de DNA.
Perícia criminal e funerária de plantão já estão a caminho do pesqueiro onde o fato ocorreu para a adoção das providências cabíveis.
A princípio, o boletim de ocorrência havia sido registrado como desaparecimento de pessoa, após Jorge ser atacado e arrastado pela onça mata adentro. No entanto, com a localização de partes do corpo, o caso passou a ser tratado como morte por causa indeterminada, visando à instauração de inquérito policial e elaboração dos laudos requisitados.
