Juiz impõe regras para julgamento de assassino de Carla Magalhães

Juiz impõe regras para julgamento de assassino de Carla Magalhães

Carla foi sequestrada, estuprada e assassinada pelo vizinho

Devido a grande repercussão que teve o assassinato de Carla Magalhães, de 25 anos em junho de 2020, foi imposta regras para o julgamento de Marcos André Vilalba, que acontece nesta sexta-feira (13), em Campo Grande. 

O magistrado Aluízio Pereira do Santos impôs regras para o júri popular desta sexta (13), onde não será permitida a entrada de pessoas com camisetas, vestimentas que possam influenciar os jurados. Também foi proibido a entrada no plenário de mais de 20 pessoas.

Segundo as regras impostas, familiares tanto do acusado como da vítima terão prioridade. O acesso da imprensa também deverá ser controlado. Dois militares deverão fazer a segurança dentro do plenário, e o uso de máscaras e álcool em fel ainda é obrigatório. 

O julgamento acontece mais de 1 ano depois do assassinato. Marcos foi preso duas semanas depois do crime. O juri que inicialmente estava agendado para abril deste ano, precisou ser cancelado após a defesa entrar com recurso para modificar as qualificadoras do homicídio na pronúncia. Os recursos não foram aceitos em primeiro ou segundo grau.

Apagões

Quando preso, Marcos afirmou ter tido apagões, que depois começaram a ‘desaparecer’, e ele contar o que havia acontecido. André teria afirmado se lembrar de ter dado um ‘mata leão’ na jovem e a arrastado para dentro de casa, no bairro Tiradentes, e dentro da residência teria desferido um golpe da faca no pescoço de Carla. Ao perceber que ela estava morta a arrastou para debaixo da cama.

Em seguida, disse se lembrar de voltar a beber pinga e depois ir a casa do ex-patrão, por volta das 22 horas, do dia 30 de junho, para falar com o homem, que o mandou voltar sem saber o que havia acontecido. Marcos, então, voltou para casa e dormiu com o corpo de Carla embaixo da cama.

Ele ainda teria relatado se lembrar de ter desovado o corpo de Carla em frente à conveniência, que fica na esquina da casa da família da jovem. Ele contou ter colocado o corpo no ombro e deixá-lo em frente ao local, indo trabalhar normalmente. Marcos André ainda falou que se desfez das roupas da jovem que foi abusada com um apetrecho sexual que era usado pelo assassino.

Feminicídio

No dia 30 de junho e 2020, por volta das 19 horas, Carla foi raptada por Marcos na Rua Nova Tiradentes, no Tiradentes, onde ela e o autor moravam. Eles eram vizinhos e a vítima foi imobilizada pelo réu com um ‘mata leão’. Após o golpe aplicado pelo rapaz, Carla desmaiou e foi levada para dentro da residência dele. 

Segundo a denúncia, Marcos deu golpes de faca no pescoço de Carla e ainda fez um corte profundo. Após a morte da vítima, o acusado ainda vilipendiou o cadáver, praticando sexo com a vítima morta. Ainda consta nos autos que o crime foi praticado por Marcos sob alegação de que, no dia anterior, Carla o teria ignorado quando foi cumprimentada por ele.

Após os crimes, Marcos deixou o corpo de Carla escondido embaixo da cama por três dias, até que levou a vítima para uma conveniência, na esquina. Foi no início da manhã daquele dia 3 de julho que parentes de Carla que saíam para trabalhar encontraram a vítima. Com o corte profundo no pescoço e sem as roupas, Carla foi encontrada morta.

Após as investigações, Marcos foi preso por equipes da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios) duas semanas após o crime, com apoio do Batalhão de Choque.

Créditos: Midiamax

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