Irmãs de detetive assassinada pelo marido agradecem trabalho do SIG em Dourados
As irmãs da detetive particular Zuleide Lourdes Teles da Rocha, de 57 anos, que foi assassinada com um tiro na cabeça em 19 de junho, no Vival dos Ipês, em Dourados, estiveram nesta segunda-feira (2), na sede do SIG (Setor de Investigações Gerais) para agradecer os trabalhos investigativos que apontou o marido da vítima, o também investigador, Givaldo Ferreira dos Santos, como o mandante do crime.
Elas ofereceram um café da manhã aos que trabalharam no caso e foram recebidas pelo delegado Erasmo Cubas.
Uma das irmãs, Rosane Gonçalves Vilela, disse que os investigadores foram fundamentais para “acalentar um pouco nossa dor, porque se não fosse por eles, minha irmã teria ficado muito tempo lá e talvez nem teriam desvendado esse mistério. Para nós foi da noite para o dia. Temos que agradecer muito, eles não dormiram, não descansaram, ficaram dia e noite trabalhando para nós”.
Para o chefe do SIG, a homenagem é gratificante, pois segundo Erasmo, muitas vezes, o lado humano acaba sendo esquecido, e ressaltou que todo trabalho é feito para as vítimas, e não para os autores.
“A gente acaba esquecendo um pouco o lado humano, mas a polícia trabalha mesmo para as vítimas, não para os autores dos crimes. A gente trabalha para entregar para sociedade uma resposta à altura do que a sociedade contribui. Isso é melhor que qualquer outro sentimento advindo da nossa profissão”, destacou.
Relembre o caso
Na época, os autores da execução foram identificados em menos de 24h, o que possibilitou ao MPE (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) denunciar quatro pessoas por homicídio qualificado, feminicídio, motivo torpe, dissimulação e emboscada.
Como já mencionado, o marido de Zuleide, Givaldo, é apontado como quem encomendou a morte da esposa. William Ferreira dos Santos, filho dele, teria dado apoio ao esquema. José Olímpio de Melo Júnior, foi quem atirou contra a mulher, e Sueli da Silva, que seria ‘guia espiritual’ do detetive, e quem atraiu a vítima para a morte.
O processo criminal foi colocado sob sigilo.
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