Investigação encontra nova ramificação de organização e cumpre 8 mandados de prisão
A terceira fase da Operação Tromper, responsável pela investigação de esquema de corrupção na prefeitura de Sidrolândia, cumpre oito mandados de prisão e mais 28 de busca e apreensão.
Desde o início da manhã desta quarta-feira (3/4), policiais militares do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), realizam os trabalhos.
Um dos alvos identificados é o vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB). As equipes cumpriram mandado de busca e apreensão na residência dele, localizada em um condomínio de luxo na capital.
De acordo com o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), durante as investigações descobriu-se uma nova ramificação da organização criminosa que atua em esquema de fraudes em licitações e contratos com a administração municipal de Sidrolândia.
Os acordos firmados incluem empresas atuantes no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica. A estimativa é que os contratos já identificados alcancem em torno de R$ 15 milhões.
“O desdobramento das investigações, conduzidas pelo GECOC, ratificou a efetiva existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura Municipal de Sidrolândia, bem como o pagamento de propina a agentes públicos municipais. Também foi identificada nova ramificação da organização criminosa, atuante no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica. Os contratos já identificados e objetos da investigação alcançam o montante aproximado de R$ 15.000.000,00”, diz nota encaminhada pelo Ministério Público.
A operação desta quarta contou ainda com o apoio operacional do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais), do Batalhão de Choque e da Força Tática da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, além da assessoria militar do MPMS.
“Tromper”, verbo que dá nome à ação, traduz-se da língua francesa como ‘enganar’.
No ano passado, duas fases da operação ocorreram em um intervalo de aproximadamente dois meses. A primeira foi realizada em maio e a segunda etapa, em julho, investigando fraudes nesses processos.