Ex-diretor executado no Paraguai estava ameaçado pelo clã Rotela, rival do PCC nos presídios

Ex-diretor executado no Paraguai estava ameaçado pelo clã Rotela, rival do PCC nos presídios

Ataque faz parte de ofensiva provocada por ‘ciúmes’ de privilégios dados a brasileiros

A execução do ex-diretor dos Estabelecimentos Penitenciários, Domingo Bazán Rojas, na manhã dessa quinta-feira (23), em Concepción, está articulada com ações feitas pelo Clã Rotela, que estaria com ciúmes de privilégios dados aos faccionados do PCC (Primeiro Comando da Capital).

A hipótese faz parte das investigações relacionadas ao clã de criminosos paraguaios em retaliação aos agentes penitenciários de Pedro Juan Caballero e outros presídios. A morte de Bazán, segundo a polícia, também está ligada a outros três casos.

Ainda segundo informações da Polícia Nacional, o assassinato de Bazán já estava planejado desde 2021, conforme ameaças contidas em áudio que está sendo analisado, onde as ameaças já haviam sido antecipadas.

“Senhor Bazán, diretor de todas as instituições penais, vamos lhe dizer uma coisa: Queremos nossos amigos que estão em Encarnación, Pedro Juan, Concepción e em todas as penitenciárias do interior têm pavilhão, porque sua família está em risco”.

“Conhecemos a sua casa, os seus movimentos e os da sua família. Vocês estão dando privilégios demais ao PCC (Primeiro Comando da Capital)”, expressa a voz de um homem, que se identifica como membro do Clã Rotela.

Casos anteriores

No dia 14 de agosto, homens armados atiraram contra o ex-diretor de Tacumbú, Artêmio Vera e sua esposa quando chegavam à sua casa em Luque. Ambos saíram ilesos, já que as balas atingiram o portão da residência.

Já Roberto Osmar Ortiz Villalba, outro agente penitenciário, foi assassinado em 29 de março em Pedro Juan Caballero.

Em pleno Dia dos Pais, o ex-diretor do Tacumbú, Óscar Daniel González Olmedo, foi assassinado no dia 18 de junho, ao chegar à casa de seu pai, no bairro de Santa Ana, em Assunção. Em São Pedro, o guarda penitenciário Ángel Espínola foi assassinado em 9 de julho de 2019.

Levante em outubro

Desde o motim arquitetado pelo Clã Rotela no dia 10 de outubro, na prisão de Tacumbú, um grupo de guardas penitenciários realizou uma greve exigindo melhores condições de trabalho, seguro de vida e a promulgação da Lei Orgânica Penitenciária.

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