Eleitor não tem favoritos na Capital, mas sabe em que não votar para prefeito, diz 1ª pesquisa

Eleitor não tem favoritos na Capital, mas sabe em que não votar para prefeito, diz 1ª pesquisa

A primeira pesquisa sobre a sucessão municipal de Campo Grande para 2024 mostra que o eleitor não tem favorito na disputa da prefeitura, com nenhum candidato atingindo dois dígitos. De acordo com o Instituto Ranking Brasil, 51,50% dos campo-grandenses não sabem em quem votar. Por outro lado, a maioria sabe em que não votar de jeito nenhum. Apenas 10,75% não tem dúvida a respeito do quesito rejeição.

Os números mostram que o ex-governador André Puccinelli (MDB) lidera o levantamento na espontânea e na estimulada no cenário com 15 nomes. Por outro lado, o emedebista é o campeão de rejeição. A ex-deputada Rose Modesto (União Brasil) fica em 2º lugar, mas empata com Lucas de Lima (PDT), Beto Pereira (PSDB) e Adriane Lopes (Patri).

A ex-tucana, o deputado federal, o deputado estadual e a prefeita surgem como nomes competitivas porque possuem baixos índices de rejeição e possuem condições de surpreender durante a corrida eleitoral. Dos quatro, a situação mais complicada é a de Rose, por causa da guerra fraticida pelo comando do União Brasil com a senadora Soraya Thronicke – o exemplo mais acabado de que partido rachado não chega a lugar nenhum foi o PSL, que deu origem a sigla, que naufragou com a disputa entre Vinicius Siqueira e Loester Trutis em 2020.

O Ranking ouviu 1,2 mil eleitores de 10 a 15 deste mês em todas as regiões de Campo Grande. A margem de erro é de 2,75% para mais ou menos.

Com 15 nomes no cenário estimulado, André tem 9,25%, seguido por Rose, com 8%, por Lucas de Lima, 6,25%, Beto Pereira com 5,25%, Adriane Lopes com 5%, Capitão Contar (PRTB) com 5,25%, Zeca do PT com 2,75%, juiz Odilon de Oliveira (PSD) com 2,50%, Coronel David (PL) com 2%, Marcos Pollon (PL) com 1,75%.

Neste contexto, 51,50% dos eleitores não sabem ainda em quem votar para prefeito da Capital, a um ano e cinco meses do pleito. A indefinição se confirma na espontânea, quando 70,5% dos campo-grandenses não sabem em quem votar nas eleições de 2024.

Neste cenário, André tem 4,50%, Rose 3,75%, o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) 3,5%, Lucas 3%, Contar 2,50%, Adriane Lopes 2,25%, Beto 2% e Zeca 1,25%.

A pesquisa é ruim para André e Zeca. Apesar do recall do eleitor, dois mandatos como governador e caciques ativos na política, eles não são bem lembrados pelo eleitor da Capital. Puccinelli não tem boas lembranças da última eleição, quando liderou todas as pesquisas, onde chegou a pontuar 31%, mas acabou fora do segundo turno. O mesmo ocorre com Zeca, que só foi citado por três em cada 100 eleitores.

Rose só teve 8%, apesar de ter concorrido ao Governo. A surpresa do levantamento o radialista e deputado estadual Lucas de Lima ao surgir em 3º. Ele pode repetir a trajetória de Alcides Bernal (PP) como político, que fez sucesso no rádio e chegou ao Paço Municipal após a experiência como vereador e deputado. A comparação não é sobre a capacidade, mas a trajetória política.

Nome de consenso no PSDB, Beto Pereira surge em 4º lugar e mostra que poderá ser um nome competitivo com o apoio do governador Eduardo Riedel. O sonho do PSDB é conquistar a prefeitura da Capital, que quase conquistou com Rose em2016.

Adriane Lopes ficou em 5º lugar apesar do pouco tempo no cargo e dos problemas enfrentados pela cidade, como os buracos causados pelo excesso de chuvas e os problemas financeiros. Ela vem conseguindo se desvencilhar dos desgastes de Marquinhos Trad (PSD) e ainda terá o apoio da máquina.

A maioria absoluta dos eleitores sabe em que não votará de jeito nenhum em 2024. De cada 100 campo-grandenses, 25 não querem votar em André para prefeito. O índice surpreende porque o emedebista tem justamente como maior capital político os dois mandatos como prefeito, que transformaram Campo Grande.

O segundo mais rejeitado é Capitão Contar, com 15,5%. O número mostra que o ex-deputado colhe os frutos da última campanha eleitoral, quando o adversário conseguiu lhe pregar a pecha de despreparado. O outro motivo é o bolsonarismo, que vem dividindo o eleitorado da Capital ao meio.

Zeca do PT com 12% e Odilon com 10% completam o ranking dos rejeitados com dois dígitos. O petista nunca foi queridinho na Capital e carrega parte do desgaste do PT. O ex-governador sofre os mesmos danos do Capitão Contar pela polarização entre bolsonaristas e lulistas. Odilon ainda colhe os frutos da campanha ao Governo de 2018.

Os baixos índices de rejeição de Rose (2,5%), Adriane (2%), Pollon (1,75%), Beto (1,50% ) e Lucas (1,25%) os colocam como candidatos competitivos e com chances de crescerem durante a disputa em 2024.

A pesquisa do Ranking peca por não simular mais cenários. Coronel David e Pollon estão no mesmo partido. Beto Pereira e Carlos Alberto de Assis (PSDB) também são do mesmo partido. E faltou incluir Reinaldo Azambuja, que fica em 3º na espontânea, atrás apenas de André e Rose.

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