Dono de conveniência que tinha central falsa de delivery usava corante e rótulos falsos em bebidas
Dono de conveniência trocava conteúdo das garrafas
O dono de uma conveniência de 33 anos, preso na Operação ‘Primeiro Gole’, feira pela Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) contra a venda de bebidas adulteradas usava corante em garrafas de vodka e whisky. Ele também tinha uma central falsa de delivery.
Muitas das garrafas apreendidas estavam com rótulos falsos e lacres falsos. Segundo o delegado Reginaldo Salomão, o dono da conveniência, na Avenida Júlio de Castilho, chegava a usar corante com outra substância para amenizar o gosto na hora de trocar o conteúdo original para um falsificado.
Na conveniência, os policiais ainda encontraram 37 cigarros eletrônicos. O homem ainda tinha os fundos do local, uma central falsa de delivery, com 16 notebooks e duas máquinas de compra. Cada notebook tinha duas linhas com cadastros diferentes.
Ainda de acordo com Salomão, o inquérito ainda está em fase inicial. O homem montou uma central falsa com vários números cadastrados, onde ele registrava um CNPJ falso dando o nome de uma empresa conhecida ocultando a sua empresa.
Com isso, os clientes faziam seus pedidos e recebiam carnes estragadas, bebidas vencidas e iam reclamar na empresa da qual achavam que estavam comprando os produtos. O homem passa por audiência de custódia nesta terça-feira (31) pelas bebidas adulteradas que comercializava em sua conveniência.
Ainda não foi contabilizada a quantidade de bebidas apreendidas. As bebidas serão enviadas à Receita Federal para avaliação, precificação e análise de evasão, segundo Salomão.
Batida contra bebidas adulteradas
Em uma distribuidora localizada no Bairro Coophavila II, foram apreendidas várias garrafas de Vodka e Whisky. Bebidas sem comprovação de procedência e com rótulo em língua estrangeira também foram apreendidas.
O órgão municipal de Proteção e Defesa do Consumidor interditou o local. A empresa não possui alvará de funcionamento atualizado e não tem código de defesa do consumidor disponível. A distribuidora só poderá funcionar depois de ser regularizada.
A quantidade de bebidas apreendidas será contabilizada, na delegacia, após a apreensão. Depois disso, os materiais serão destinados para a fabricação de álcool em gel e as embalagens serão enviadas para tratamento de descarte de reciclagem.
De acordo com o delegado Reginaldo Salomão, o proprietário será conduzido para delegacia para prestar esclarecimentos. Ele também pode responder por contrabando e descaminho. Uma conveniência localizada na Rua Antônio Maria Coelho, na Vila Planalto, também foi alvo.