Demissão de primas fez Maria Imaculada declarar guerra a Alan Guedes

Demissão de primas fez Maria Imaculada declarar guerra a Alan Guedes

No mesmo dia em que parentes foram exoneradas, vereadora disse que prefeito quer guerra e vai ter

Eleita na coligação do prefeito Alan Guedes (PP) na eleição de 15 de novembro do ano passado, a vereadora Maria Imaculada Nogueira não pensou duas vezes: bastou ter seus interesses pessoais e os interesses de seus parentes apadrinhados políticos para declarar guerra ao companheiro de partido.

“Só posso dizer algo: o Alan pediu guerra e ele vai ter”. A ameaça foi escrita às 20h35 do dia 6 de maio deste ano pela própria vereadora no grupo do aplicativo WhatsApp “Mandato Lião”, que reúne Maria Imaculada e seus assessores.

Exatamente um minuto antes de fazer a ameaça, Maria Imaculada postou no grupo o arquivo em PDF do Diário Oficial do Município. O motivo da ira da vereadora com o prefeito era o decreto número 212, de 6 de maio de 2021, exonerando servidores comissionados (contratados sem concurso público).

Entre os quase 80 ocupantes de cargos de confiança exonerados naquele dia estavam as primas de Maria Imaculada, Camila Nantes Nogueira e Jéssica de Souza Pedroso.

Cumpriu a promessa

Dez dias depois da ameaça, Maria Imaculada cumpriu a promessa de declarar guerra ao prefeito. Na tribuna da Câmara, na sessão do dia 17 de maio, a vereadora levantou suspeitas sobre os gastos com publicidade nos dois anos em que Alan Guedes presidiu o Legislativo douradense.

As acusações, que também atingiram mais recentemente a atual Mesa Diretora da Câmara, foram parar na Polícia Civil. Na semana passada, o atual presidente Laudir Munaretto (MDB) pediu instauração de inquérito policial para apurar crime de difamação por parte de Maria Imaculada.

Cassação

Print da conversa de WhatsApp, em que Maria Imaculada promete guerra ao prefeito por demitir suas parentes, foi anexada à representação protocolada segunda-feira (9) na Câmara de Dourados pedindo abertura de processo de cassação do mandato da vereadora por quebra de decoro.

A denúncia foi feita por Patrícia Brandão, ex-assessora da vereadora e ameaçada de morte por ela. A Comissão Processante foi instalada e tem 90 dias para apresentar o relatório final.

Créditos: Dourados Informa

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