‘Deduções’: filho de Fahd Jamil não será julgado por execução de policial
A Justiça também impronunciou Flávio Côrrea Jamil Georges pelo assassinato de Ilson Figueiredo, em 2018, quando foi perseguido e morto com tiros de fuzil. O MPMS (Ministério Público Estadual) havia recorrido da decisão em abril de 2022.
Assim como o pai, a Justiça alegou ter apenas deduções de que Flávio teria participação na execução do policial, “Como salientado, no que concerne ao crime de homicídio objeto desta “persecutio criminis”, não estou convencido sobre a suficiência dos indícios de participação dos acusados.”, disse o magistrado em sua decisão proferida no dia 3 de fevereiro deste ano.
O juiz Aluízio Pereira do Santos ainda discorre que “Desta feita, considerando que as provas emergem do mesmo contexto fático reputo também por insuficientes os elementos probatórios, os quais não são aptos a propiciar um juízo de admissibilidade.”
No dia 1º de fevereiro, a Justiça manteve a impronúncia de Fahd Jamil . “O Judiciário estadual aplicou o direito de maneira técnica e imparcial; o resultado é justo”, disseram os advogados de defesa, Gustavo Badaró e André Borges. O desembargador Ruy Celso Barbosa Florence acompanhou o voto do relator, mantendo a decisão de 1º grau, nessa terça-feira (31).
Na sua decisão, o desembargador afirmou que “Com estas considerações, não resta outra alternativa, nesta altura processual, que não acompanhar o voto do e. Relator para negar provimento ao recurso interposto pelo Ministério Público Estadual, mantendo a sentença de primeiro grau em todos os seus fundamentos.”
Execução Ilson
Segundo a denúncia oferecida pelo Gaeco, a execução aconteceu em 11 de junho de 2018, por volta das 6h30 na Avenida Guaicurus. A princípio, os atiradores teriam agido a mando dos outros denunciados, matando Ilson a tiros de fuzil calibres 762 e 556.
Durante as investigações, foi apurado que o crime teria ocorrido a mando de Fahd, Flavinho, Jamil Name e Filho. Ainda foi apontado que Melciades seria homem de confiança, responsável por levantar informações das vítimas do grupo e trajeto que realizavam, para que fosse possível a emboscada.
Como motivação, o Gaeco apontou que teria ligação com o desaparecimento — posteriormente dado como morte — de Danielito. Ele desapareceu em maio de 2011 e após anos de investigação foram apontados como responsáveis Claudio Rodrigues de Souza, o ‘Meia Água’, Alberto Aparecido Roberto Nogueira, o ‘Betão’ e Ilson Martins.
Meia Água foi assassinado em setembro de 2015, com vários tiros em Jandira (SP). Já Betão foi encontrado morto em Bela Vista em 21 de abril de 2016. Por isso, a investigação apontou para crime de vingança na morte de Ilson. No dia do crime, o grupo utilizou uma Toro vermelha e uma SW4 branca.
Eles seguiram Ilson, que foi fechado e bateu em um muro. Depois, foi atingido pelos tiros de fuzil ainda dentro do Kia Sport.
FONTE: Mídia Max