Comitê da Rota Bioceânica apresenta avanços e debate os desafios do corredor logístico
O Comitê Estadual da Rota Bioceânica (CEG ROTA) realizou na quinta-feira (6) sua primeira reunião ordinária para debater assuntos relacionados a estruturação e governança da nova rota logística que vai ligar os oceanos Atlântico ao Pacífico.
O andamento das obras do corredor bioceânico, os avanços da Ponte Internacional que liga Porto Murtinho a Carmelo Peralta e tem mais de 50% executada, o acesso de 13,6 km do lado brasileiro ligando a BR-267 à obra e o centro alfandegário, que deve ter início em dois meses, e o desenvolvimento das estradas essenciais do lado paraguaio, foram algumas das pautas do dia.
Os desafios para implementação da Rota, como a questão aduaneira, os gargalos logísticos, econômicos e ambientais e plano gestor para desenvolvimento das cidades impactadas também foram tratados entre os participantes.
A reunião foi presidida pelo secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, e contou com a participação das entidades que compõem o comitê como Sebrae, Faems, DNIT, OCB, SEAD, Sejusp, PGE, Fiems, Fecomércio, Assomasul, UEMS, Setlog, Famasul, Prefeitura de Campo Grande, Secretaria de Saúde, entre outros.
O Comitê foi instituído por meio de decreto do governador Eduardo Riedel, no início do ano e é responsável por estabelecer diretrizes, governança e desenvolvimento da Rota no Estado, com políticas, ações e iniciativas sustentáveis que “propiciem avanços regionais multidimensionais e estimulem investimentos, conectando o Mato Grosso do Sul e o Brasil e outros países”.
O titular da Semadesc destacou que dada a relevância estratégica que a Rota Bioceânica tem no desenvolvimento no futuro de Mato Grosso do Sul representando uma mudança geopolítica e econômica o Governo colocou o projeto como prioritário.
“O governador Eduardo Riedel tem destacado isso em toda captação de investimento, do ambiente competitivo do Estado que é ser a Porta da Rota Bioceânica. Por isso criamos um comitê específico, primeiro para internalizar em todos os entes estaduais, que todas as secretarias possam exatamente conhecer o impacto da rota e obviamente possam dentro do seu segmento buscar executar ações para sua implementação”, comenta Verruck.
Paulo Henrique Leitão, presidente do Consórcio Pybra – responsável pela construção da ponte -, destacou que ao final de maio mais de 50% da obra da ponte dos dois lados estava concluída. São mais de 150 trabalhadores diretos e cerca de 450 indiretos.
Já o superintendente do DNIT em Mato Grosso do Sul, Euro Varanis, falou sobre a construção do acesso de.13,6.km que liga a BR-267 até a ponte Internacional. Segundo ele a obra de pouco mais de R$ 472 milhões já está licitada e a previsão é de que tenha início até agosto.
Participação
O encontro contou com a presença do secretário de Estado de Obras, Hélio Pellufo, de Assistência Social e Direitos Humanos, Patrícia Cozzolino, o secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico da Semadesc, Rogério Beretta, que puderam ver quais os impactos que a Rota trará aos municípios e nas regiões e elaborar ações dentro das pastas.
Outro ponto foi trazer para dentro da discussão da Rota, o setor privado. “Tivemos hoje também a participação de várias instituições do setor privado. Então acho que esse é o objetivo principal”, completou.
O secretário ainda enfatizou que o CEG Rota terá reuniões ordinárias, sendo que a próxima vai acontecer em novembro. “Vamos aprofundar em cada um desses temas para exatamente como é que o Mato Grosso do Sul possa maximizar seu aspecto de desenvolvimento econômico e social em relação a implantação da Rota Bioceânica”, finalizou.