Câmara entrega prêmio Ildefonso Ribeiro a poeta na próxima segunda
A Câmara de Dourados vai realizar na segunda-feira (29), às 18 horas, no intervalo da 28ª sessão ordinária, a cerimônia de entrega do “Prêmio Ildefonso Ribeiro da Silva” – Edição 2022.
Este ano, o poeta e escritor Emmanuel Marinho foi o escolhido pela comissão julgadora, formada por representantes da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), Grupo Literário Arandu e Sinjorgran (Sindicato dos Jornalistas Profissionais na Região da Grande Dourados).
Os currículos foram avaliados segundo os critérios estabelecidos pela comissão, como abrangência e importância temática das obras, cunho regionalista, número de livros e artigos regionais publicados.
O “Prêmio Ildefonso Ribeiro da Silva” foi instituído por meio do decreto legislativo nº 656, de 22 de junho de 2010 e é destinado a agraciar escritores do município de Dourados que tenham se destacado na produção literária sul-mato-grossense.
BIOGRAFIA
Emmanuel Marinho iniciou a carreira em meados da década de 1970, ainda na adolescência, quando concebeu o primeiro poema “Índia Velha”. Fez muito sucesso na geração de jovens que viviam sobre o clima criado pelo governo militar, ganhou reconhecimento na composição de poemas, com destaque também na edição em livros e na interpretação deles no teatro e na música.
Formado academicamente em Psicologia e pós-graduado em artes cênicas pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), é uma figura importantíssima para a cultura acadêmica douradense, tendo suas obras como obrigatória nos vestibulares, mestrados e doutorados das universidades locais como a UFGD, UFMS, UNESP e USP. Pesquisando a cultura sul-mato-grossense, Marinho desenvolveu uma linguagem artística entre o teatro, a música e a literatura. Deste trabalho resultou a publicação de oito livros, um CD e vários espetáculos teatrais. Seus poemas e músicas tratam de questões como a política regional, a questão indígena e a cidade de Dourados, mas apresenta, principalmente, temáticas universais: amor, terra, vida, desigualdade, pão, poesia…
OBRAS
Livros: Ópera 3 (1980), Cantos de Terra (1982), Jardim das Violetras (1983), Margem de Papel (1994), Satilírico (1995), Caixa de Poemas (1997), Caixa das Delícias (2003) e Encantares (2015).
Música: gravou o disco Teré, que reuniu nomes singulares da música brasileira – Itamar Assumpção, Paulo Lepetit, Toninho Ferragguti, Alzira Espíndola, Pedro Luis e a Parede, entre outros. Em 2015 lança o CD ENCANTARES em parceria com Paulo Lepetit
Teatro: criador e intérprete dos espetáculos “Margem de Papel”, “O Encantador de Palavras”, “Satilírico”, “Solo para Palavras e Sanfona de Brinquedo”, “Tudo Porã por Aqui”, “Porã”, “A Bicicleta do Poeta”, “Encantares”, “Com a Palavra, o Poeta!” espetáculos solo, com encenação e texto do poeta.
PRÊMIOS
Prêmio Marçal de Souza – Pela Defesa dos direitos humanos, concedido pela Câmara Municipal de Dourados – MS, em 1995
Cidadão da Paz, concedido pela Comunidade Bahá’i do Brasil em 1996, e novamente o Prêmio Marçal de Souza – Pela Defesa dos direitos humanos concedido pela Assembleia Legislativa de MS em 1997
Prêmio Funarte de Circulação Literária.
VENCEDORES
Nove edições foram realizadas desde a instituição do Prêmio. Em 2010, a primeira edição, foram escolhidos a professora-doutora Lori Alice Gressler e o professor José Pereira Lins. Os demais foram: poeta Ilson Osório (2011); professor, mestre em Literatura Paulo Sérgio Nolasco dos Santos (2012); escritora e poetisa Odila Lange (2015); jornalista e escritor Luís Carlos Luciano (2016); escritora Heleninha de Oliveira (2017); escritora e poetisa Ruth Hellmann Claudino (2018); poeta e escritor Marcos Coelho Cardoso (2019); escritor Brígido Ibanhês (2021).
FONTE: Dourados News