Câmara abre processo de cassação de Maria Imaculada por quebra de decoro
Vereadora é acusada de ameaçar atirar na boca de assessora com 9 milímetros e de aterrorizar filhos da vítima
Por oito votos a sete, a Câmara de Dourados instaurou na noite desta segunda-feira (9), Comissão Processante para investigar quebra de decoro por parte da vereadora Maria Imaculada Nogueira (PP). Se ficar comprovada a denúncia de desrespeito ao Regimento Interno, ela poderá ter o mandato cassado.
Foram sorteados como presidente da Comissão Processante Juscelino Cabral (DEM), como relator Janio Miguel (PTB) e como membro Mauricio Lemes (PSB). A comissão tem prazo de 90 dias para coletar e analisar provas, ouvir depoimentos e entregar o relatório final.
Maria Imaculada é acusada de ameaçar de morte a então assessora Patrícia Brandão, 32, que trabalhou com ela por cinco anos, de 2016 até a semana passada.
A vereadora é acusada de quebrar o decoro parlamentar ao afrontar a dignidade do Poder Legislativo e fazer apologia e incitamento ao crime. Em uma das ameaças, Maria Imaculada prometeu enfiar uma pistola 9 milímetros e descarregar na boca de Patrícia Brandão, a quem acusou de traição.
A denúncia cita também as ameaças e terrorismo feitos por Maria Imaculada contra os filhos pequenos de Patrícia, de 9 e 10 anos. Em almoço, no dia 26 de junho, em restaurante da cidade, a vereadora chamou em particular os filhos de Patrícia, de 9 e 10 anos, “e espalhou desequilíbrio e pânico sem razão fundamentada”, dizendo que as crianças deveriam evitar sair na rua, pois poderiam ser sequestradas e mortas.
Junto com a denúncia, Patrícia Brandão também entregou à Câmara cópia do vídeo, divulgado hoje com exclusividade pelo Dourados Informa, em que Maria Imaculada afirma “se você me trair, fdp, eu pego a 9 milímetros, taco na sua boca e descarrego”.