Bitto substitui Camila Bastos na chapa da OAB após escândalo de suposta venda de sentença

Bitto substitui Camila Bastos na chapa da OAB após escândalo de suposta venda de sentença

Vice-presidente de Bito na OAB-MS, Camila Bastos é investigada em operação que afastou 5 desembargadores do TJMS

Após a saída da advogada Camila Bastos da vice-presidência na chapa para a nova diretoria da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul), Marta do Carmo Taques será a substituta na chapa de Bitto Pereira – 22.

Marta do Carmo já exerceu a função de presidente do tribunal de ética e disciplina da OAB de 2016 a 2021 e, atualmente, é vice-presidente da caixa de assistência dos advogados de MS. Ela também recebeu a maior comenda da Ordem destinada às mulheres.

A substituição ocorre após Camila Bastos pedir o afastamento das funções que exercia na entidade, bem como a desistência de concorrer na chapa de Bitto.

A decisão ocorreu após a deflagração da Operação ‘Ultima Ratio’, da PF (Polícia Federal), que implicou desembargadores, advogados e empresários.

Camila e o pai, o desembargador Alexandre Bastos, constam como investigados e, inclusive, o magistrado é um dos cinco que foram afastados por determinação do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Agora, o caso corre em sigilo no STF (Superior Tribunal Federal).

Camila Bastos (vice da OAB) e detalhe para o pai da advogada, o desembargador afastado Alexandre Bastos (Divulgação)

Em meio a campanha de reeleição à presidência da Ordem, Camila teve o sigilo telefônico e bancário quebrados por autorização da Justiça. A casa e o escritório da advogada também foram alvo de buscas.

Contra Camila Bastos, o relatório da PF aponta que o pai dela, Alexandre Bastos, era sócio do escritório que ela atua atualmente. Porém, após assumir o cargo de desembargador na vaga de advogado indicada pela OAB-MS, pelo Quinto Constitucional, em dezembro de 2016, ele teria proferido decisões favoráveis ao escritório da filha, que tem o irmão, Pedro Henrique Cavalcante Bastos, atuando como advogado em diversos processos.

Então, o escritório dos irmãos Bastos foi contratado para atuar a favor de prefeituras em MS em processos com decisões proferidas pelo pai desembargador.

No relatório, a PF aponta que “há elementos informativos indicativos de possível negociação de decisões judiciais envolvendo Desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, com a atuação de parentes (filhos) e advogados na condição de operadores/intermediadores”.

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