Apreensão em Dourados resulta em operação contra grupo especializado no contrabando de agrotóxicos
Apreensão feita em julho de 2021, em Dourados, resultou na Operação Agropoison, desencadeada na manhã desta quarta-feira (21/6) em três cidades do Rio Grande do Sul e Paraná. As determinações judiciais foram expedidas pela Justiça Federal local e buscam desarticular quadrilha especializada na aquisição e logística para o transporte de agrotóxicos contrabandeados do Paraguai.
São executados sete mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária para os líderes da organização criminosa.
Além disso, a Justiça realizou o bloqueio patrimonial de todos os bens imóveis, veículos, contas bancárias dos alvos e pessoas jurídicas identificadas no esquema.
Na ação, houve uma prisão em flagrante por fabricação e alteração de armas de fogo e munições de um dos indivíduos sobre o qual recaia mandado de prisão temporária.
Os mandados foram cumpridos nas cidades de Palotina (PR), Toledo (PR) e Porto Alegre (RS) e contou com a participação de 21 agentes da Polícia Federal.
O início
A investigação começou a partir de um flagrante de contrabando de agrotóxicos ocorrido no dia 3 de julho de 2021, em Dourados.
No decorrer dos trabalhos, outras duas apreensões ocorreram, uma ainda na cidade sul-mato-grossense e a outra em Sinop (MT).
“As investigações evidenciaram a existência de uma Organização Criminosa bastante estruturada, que se utiliza de pessoas jurídicas criadas exclusivamente para o crime, “laranjas”, cooptação de pessoas para o transporte e ocultação de cargas lícitas”, diz a PF em nota encaminhada à imprensa.
A estimativa é que a quadrilha tenha movimentado valores superiores R$ 2 milhões apenas no período de investigação.
Os investigados respondem pelos crimes de Organização Criminosa e contrabando, previstas nos art. 2º da lei 12.850/13 e art. 334-A do Código Penal, com penas que somadas podem chegar a 13 anos de reclusão.
Agropoison
O nome da operação faz alusão ao veneno utilizado no campo representado pelo agrotóxico contrabandeado do Paraguai, que não possui certificação legal e não pode ser utilizado no País, trazendo risco a saúde e plantações.