Policiais penais que garantiam regalias e celas ‘de luxo’ para detentos têm prisões prorrogadas
Cinco agentes foram alvos de operação
Foram prorrogadas as prisões temporárias dos policiais penais alvos da Operação La Catedral, detidos na última quinta-feira (6). Carlos Eduardo Lhopi Jardim, ex-diretor do Estabelecimento Penal Ricardo Brandão, João Xavier Martins Neto, Justo Aquino Navarro, Luiz Carlos Soto e Maicom Thomaz Corrêa de Alencar são investigados por garantirem regalias e facilitarem a fuga de presos da unidade em Ponta Porã.
Na operação, o Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) cumpriu mandados de prisão temporária, de 5 dias, que agora foram prorrogadas por mais 5 dias. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão durante as ações, acompanhadas pela Corregedoria-Geral da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), além de equipes policiais da 1ª e 2ª Delegacias de Ponta Porã.
Conforme a polícia, as investigações do Dracco identificaram a existência da organização criminosa integrada pelos policiais penais, envolvidos em concussão, corrupção passiva, favorecimento para entrada de celulares no presídio, entre outras infrações. As provas colhidas resultaram na apreensão de bebidas alcoólicas dentro do presídio, celulares, drogas e dinheiro.
Além disso, a fuga de dois presos também é investigada, sob suspeita de participação dos agentes, mediante recebimento de propina. A polícia identificou a facilitação na entrada de celulares, bebidas, carne, drogas, além de uso para fins particulares de serviços prestados no presídio pelos internos.
Também foram encontradas celas especiais com móveis planejados, chuveiro elétrico, alimentação diferenciada, entre outras regalias que não passavam por vistoria. O nome da operação, La Catedral, faz referência à penitenciária ‘construída’ na Colômbia por Pablo Escobar, para que cumprisse pena com luxos e regalias.
Créditos: Midiamax