Além de homicídio, Marinha investiga mais irregularidades cometidas por assessor do Governo de MS que matou pescador em rio

Além de homicídio, Marinha investiga mais irregularidades cometidas por assessor do Governo de MS que matou pescador em rio
Provas serão encaminhadas ao Tribunal Marítimo para julgamento

A Marinha do Brasil instaurou inquérito para apurar o acidente entre duas embarcações ocorrido no sábado (01), e que terminou com a morte de Carlos Américo Duarte, de 59 anos, que pescava com o filho na região do Touro Morto, no encontro entre os rios Aquidauana e Miranda. O principal suspeito é Nivaldo Thiago Filho de Souza, servidor da Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica de Mato Grosso do Sul, nomeado desde 2015, primeiro ano da gestão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).O objetivo das investigações é comprovar, por exemplo, se Nivaldo estava embriagado e pilotava a lancha de forma imprudente, conforme relatado por testemunhas e redigido pela Polícia Civil no boletim de ocorrência. Informações são de que ele não teria Arrais, ou seja, não era habilitado para pilotar aquele tipo de embarcação. De acordo com a Marinha, no sábado e no domingo foram realizadas as perícias pertinentes ao caso. As irregularidades constatadas serão anexadas ao conjunto probatório e encaminhadas ao TM (Tribunal Marítimo), responsável por julgar os acidentes e fatos da navegação, com jurisdição em todo o território nacional. “O TM, por sua vez, julgará o acidente, definindo a sua natureza e determinando as suas causas, circunstâncias e extensão, indicando os responsáveis e aplicando punições administrativas sobre a forma de multas, conforme estabelecidas em lei, além de propor medidas preventivas e de segurança da navegação”, diz a corporação.O acidenteConforme já noticiado, Nivaldo estaria embriagado enquanto conduzia uma lancha, de forma imprudente, no momento em que, numa curva, atingiu a embarcação em que o pescador Carlos estava com o filho, no encontro dos rios Aquidauana e Miranda, na região de Miranda, a 168 quilômetros de Campo Grande. Segundo o filho de Carlos, após a colisão, o autor jogou garrafas de bebidas no rio e fugiu em alta velocidade. Ele acabou localizado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) em uma camionete Hilux na BR-262, com a mulher e os filhos, que também estavam na embarcação.Apesar de confessar que havia bebido, ele não quis fazer o teste de bafômetro, foi levado para a delegacia e ouvido, mas liberado. Foi apurado então que ele não tem o Arrais, documentação necessária para pilotar a embarcação, mas disse que era apto. Ele responderá pelo homicídio culposo e também por duas lesões corporais culposas, mas o caso segue em investigação. Segundo a polícia, durante a fuga a lancha de Nivaldo começou a afundar e a tripulação precisou ser socorrida.

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