Gaeco faz operação contra ex-prefeito e PMs envolvidos em assassinato

Gaeco faz operação contra ex-prefeito e PMs envolvidos em assassinato

O ex-prefeito de Anastácio, Douglas Melo Figueiredo (PSDB), e dois policiais militares, sargento Valdeci Alexandre da Silva Ricardo, e o cabo Bruno César Malheiros dos Santos, são alvos do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), na manhã desta sexta-feira (17). Eles são investigados pela morte do ex-vereador Wander Alves Meleiro, o Dinho Vital, de 40 anos, a tiros após confusão em uma festa, na cidade de Anastácio, a 122 km de Campo Grande.

Há informações que a morte esteja ligada a briga política e que os dois militares envolvidos, que não estavam fardados no dia do crime, faziam parte da equipe de segurança particular contratada por Douglas Figueiredo. Contudo, os policiais negam.

O juiz Luciano Pedro Beladelli, da 1ª Vara da Comarca de Anastácio, expediu mandado de busca e apreensão contra os três, em decisão desta quinta-feira (16), em investigação de homicídio qualificado. As buscas são realizadas nos endereços residenciais e comerciais do ex-prefeito e policiais.

O caso – Dinho foi morto na BR-262, no fim da tarde da última quarta-feira, 8 de maio, logo após brigar com o ex-prefeito Douglas Melo Figueiredo, durante festa de comemoração do aniversário de 59 anos de Anastácio, em uma chácara próxima à rodovia.

Segundo relataram testemunhas, o ex-vereador, aparentemente alcoolizado, discutiu com o ex-prefeito na festa. A briga começou depois que o atual prefeito, Nildo Alves (PSDB), anunciou que lançaria Douglas pré-candidato pelo partido, e foi separada por outros frequentadores.

O ex-vereador saiu, voltou armado e ficou às margens da rodovia com o carro Fiat Toro. Abordado, os policiais militares disseram que Dinho Vital reagiu e houve troca de tiros, quando o ex-vereador acabou foi atingido. O Toro ficou com o pneu furado na rodovia e uma arma também foi encontrada próxima ao corpo.

Apesar do relato de troca de tiros dado pelos militares, a reportagem apurou que um dos disparos foi pelas costas de Dinho, que transfixou o peito. O outro na barriga, que pegou superficialmente na pele e saiu próximo ao umbigo.

Em nota, a assessoria da PM informou que os tiros foram disparados por dois policiais de folga, acionados por participantes da festa. A PM alega que os militares viram uma pessoa armada com pistola, que seria Dinho Vital, anunciaram que eram policiais e ordenaram que colocasse a arma no chão. “(…) mesmo assim o homem não acatou a ordem legal dos PMs e, com arma em punho, partiu em direção aos policiais”.

Na segunda-feira (13), os militares foram afastados das atividades, devido a licença médica, por estarem “muito abalados” com os fatos.

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