Juiz linha dura vai substituir desembargador que soltou chefão do PCC

Juiz linha dura vai substituir desembargador que soltou chefão do PCC

O juiz Waldir Marques é o mais cotado para assumir a vaga de desembargador do Tribunal de Justiça no lugar de Divoncir Schreiner Maran, aposentado por ter completado 75 anos no último sábado (6). Ele chegou a substituir o magistrado durante o afastamento determinado pelo Superior Tribunal de Justiça, que foi suspenso na última quinta-feira pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Divoncir é investigado pela Polícia Federal na Operação Tiradentes, deflagrada em 8 de fevereiro deste ano. Ele virou alvo por ter concedido habeas corpus ao narcotraficante Gerson Palermo, condenado a 126 anos de prisão no regime fechado. Após a liminar do ex-presidente do TJMS, o chefão do PCC rompeu e tornozeleira e fugiu. Até hoje ele não foi recapturado.

A aposentadoria de Divoncir foi publicada na segunda-feira (8). No dia seguinte, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Sérgio Fernandes Martins, publicou o edital abrindo a seleção para os interessados na vaga de desembargador. Juízes da primeira entrância podem concorrer ao cargo e o critério será antiguidade.

Waldir Marques é o magistrado com mais tempo de serviço, segundo o Tribunal de Justiça. Ele só não fica com a vaga se não quiser. Natural de Guararapes (SP), Marques é formado pela Faculdade de Direito de Araçatuba em 1981 e atuou como advogado por sete anos em São Paulo e Paraná. Ele ingressou na magistratura em 10 de janeiro de 1989.

Waldir Marques atuou como juiz de segunda instância ao substituir desembargadores. Ele foi relator da Operação Omertà e teve atuação decisiva na manutenção da prisão do poderosíssimo empresário Jamil Name.

Outros magistrados com o mesmo tempo de serviço são Djailson de Souza, Cezar Luiz Miozzo, Sandra Regina da Silva Ribeiro Artioli e Alexandre Branco Pucci.

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