Fiéis aproveitam “mutirão” de confissões antes da chegada da Páscoa
Arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, recebeu declarações dos fiéis na Paróquia São João Batista
Igreja lotada e entrega de senhas para confissões. O cenário esta manhã na Paróquia São João Batista, no bairro Coophasul, foi de busca por perdão. Quem procurou a igreja nesta manhã acabou encontrando o arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, que também recebeu as declarações dos fiéis junto com outros padres da paróquia.
“As confissões ocorreram durante toda a quaresma, hoje é apenas um “mutirão”, para quem deixou pra última hora o rito”, disse ele, lembrando que as pessoas buscam se confessar mais neste momento de Páscoa porque “a morte de Cristo, quando ele deu a vida por nós, é o momento de as pessoas deixarem tudo aquilo de errado que elas já fizeram e se arrependerem”, assinalou.
O eletricista Roner Rosa do Nascimento, 32 anos, e a esposa, dona de casa Stephanye Brandão Rosa, 28 anos, com as filhas. (Foto: Henrique Kawaminami)
Com a senha 104 em mãos e emocionada, a gerente Daniele Junqueira Rodrigues, 37 anos, disse que a última vez que ela se confessou tem 20 anos, quando ela crismou (sacramento da Crisma é considerado a confirmação do Batismo pelo Espírito Santo). Ficou afastada muito tempo até que a filha dela, de 10 anos de idade, pediu para fazer catequese (ensino da doutrina católica).
“Eu e meu marido então decidimos procurar uma igreja e até ele, que nunca foi de nenhuma religião, resolveu participar e vai se batizar domingo”, contou a mulher. Chorando, ela ainda lembrou da importância da igreja em sua vida. “Quando eu era mais nova, participava obrigada pela minha mãe, mas não entendia a importância de Jesus na minha vida.”
De joelhos, fiel faz oração enquanto aguarda momento da confissão. (Foto: Henrique Kawaminami)
Também esperando serem chamados ao confessionário, o eletricista Roner Rosa do Nascimento , 32 anos, e a esposa, dona de casa Stephanye Brandão Rosa, 28 anos, comentam que a Páscoa é a data mais importante da igreja, dia de constrição e meditação. “Foi o evento mais importante que aconteceu”, disse Roner. Para a esposa, além disso, é importante ensinar as filhas de 1 e 9 anos de idade a entenderem o que aconteceu na data. “Não é só um feriado”.
Por fim, Mário Rosa de Almeida, 61 anos, afirma que “somos importantes para Jesus, tanto que ele morreu pela gente. É a imensidão do amor dele por nós que me faz retribuir um pouco desse amor”, disse. Quando falou com o Campo Grande News ele segurava a senha 97. “Não me importo em esperar, porque a gente na Terra não sabe se amanhã estará vivo”.