Operação contra o tráfico cumpre mais de 30 mandados de prisão em MS e cinco Estados

Operação contra o tráfico cumpre mais de 30 mandados de prisão em MS e cinco Estados

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou na manhã desta terça-feira (31/10), a Operação Entrepostos, a fim de desmantelar uma organização criminosa armada voltada, principalmente, ao tráfico interestadual de entorpecentes, que contava com uma sofisticada rede de colaboradores em Campo Grande e Ponta Porã, além dos Estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.

As investigações revelaram que a organização criminosa é especializada na remessa de grandes quantidades de maconha para outros estados da Federação, sobretudo São Paulo e Minas Gerais.

Em sua logística, o grupo contava com integrantes que exerciam funções diversas, tais como as de gerenciar e coordenar a atividade desde a aquisição das cargas de drogas nas cidades sul-mato-grossenses situadas no Paraguai até o transporte ao destino final e também aqueles que serviam como motoristas das cargas, “batedores”, auxiliares de carga/descarga dos caminhões, além do diferencial de possuírem em sua estrutura empresários proprietários de transportadoras de cargas, o que viabilizava que os criminosos sempre contratassem o frete de cargas lícitas, tais como grãos e madeiras, que serviam para ocultar os entorpecentes e dificultar a descoberta dos entorpecentes. 

O trabalho investigativo do Gaeco/MPMS durou aproximadamente 18 meses e permitiu que nesse período fossem apreendidas pouco mais de 17 toneladas de maconha que pertenciam à organização criminosa, além da prisão em flagrante de 15 de seus membros.

A operação deflagrada nesta manhã visa ao cumprimento de 33 mandados de prisão preventiva e 30 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Ponta Porã e, também, nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.

As diligências contaram com apoio operacional de equipes do Batalhão de Choque, do Batalhão de Operações Especiais e Força Tática, todos da Polícia Militar deste Estado, além da AGEPEN.

O nome da operação faz alusão ao fato de que a organização criminosa locava grandes galpões ou barracões nesta cidade, que serviam de entreposto para o armazenamento temporário das cargas de drogas vindas da cidade fronteiriça de Ponta Porã, sendo que nesses locais ocorria o carregamento e a mescla com a carga lícita nos grandes caminhões de carga que realizavam o transporte para o destino final, que seriam traficantes residentes em outras unidades federativas, tais como São Paulo e Minas Gerais.

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