Com 37 cidades de MS no ‘vermelho’, Governo Federal confirma adicional para compensar queda do FPM

Com 37 cidades de MS no ‘vermelho’, Governo Federal confirma adicional para compensar queda do FPM

Prefeituras brasileiras receberão adicional de R$ 2,3 bilhões para compensação do FPM

Governo Federal irá repassar adicional para compensar a queda do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Atualmente, 37 cidades de Mato Grosso do Sul estão no ‘vermelho’ e alertam para crise financeira.

Serão R$ 2,7 bilhões para os municípios brasileiros que sofreram com a perda nos repasses de julho a setembro. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, confirmou o adicional nesta terça-feira (12).

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“Vai ter uma parcela extra do governo federal que compensa essa queda dos últimos três meses, garantindo também que os municípios tenham o FPM compensado, ajudando os municípios a tocar suas ações da saúde, habitação”, explicou. Ainda não há definição de quanto será encaminhado para cada município de MS.

Segundo Padilha, a expectativa do Governo Federal é de que o PLP (Projeto de Lei Complementar) nº 136/23 seja aprovado nesta quarta-feira (13) na Câmara dos Deputados. Em seguida, o projeto segue para o Senado. O ministro destacou que assim que aprovado, o governo iniciará os repasses aos estados, municípios e Distrito Federal.

O anúncio do adicional foi feito junto aos R$ 10 bilhões para compensação da perda do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O Estado de MS pode receber R$ 237 milhões ainda neste ano para compensar as perdas de arrecadação.

Crise

Enquanto sete municípios passaram por crise em 2022, neste ano o Estado tem 37 cidades no ‘vermelho’. Resultados primários do primeiro semestre de 2023 apontam que as prefeituras possuem 10% de crescimento de receita primária.

Contudo, houve aumento de 21% das despesas. Assim, os municípios possuem déficit de 61%. Por isso, os prefeitos se reuniram na quarta-feira (30) na Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) em mobilização nacional pela PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 25/2022 por um adicional de 1,5% no FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e liberação de emendas para mais de 2,6 mil cidades pelo governo federal.

O presidente da Associação e prefeito de Nioaque, Valdir Couto de Souza Júnior (PSDB), explica os municípios ficam com as contas das folhas salariais, mas são os que menos arrecadam.

Ou seja, o valor dos serviços aumentou por medidas federais, mas os municípios não arrecadam o suficiente. “Nós ficamos com a menor parcela do bolo tributário. São apenas 18% do que é recolhido dos impostos. 58% na União e 24% no Estado”.

“A gente vem pedir para que o governo federal pague as emendas parlamentares federais. Nesse mesmo período do ano passado, apenas 88 municípios não tinham recebido. Hoje são 2.600 que não receberam no Brasil. Queremos a antecipação das emendas previstas para outubro e, assim, conseguir pagar setembro para não pararmos os serviços”.

Ainda segundo o presidente da Assomassul, caso não tenha acordo, alguns serviços podem ser cortados por falta de verbas. “Teremos que ficar com o pé no freio, já que os municípios menores são mais dependentes do FPM e do ICMS”, disse.

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