Ex alega que matou mulher por ter sido chamado de corno

Ex alega que matou mulher por ter sido chamado de corno

Em depoimento na Delegacia de Anastácio, Julio César Miranda, 39 anos, confessou ter matado a ex-esposa Adriana Pereira, 36 anos, e alegou que cometeu o crime por ter sido chamado de corno. O caso aconteceu no domingo (23), em Anastácio, cidade a 135 quilômetros de Campo Grande.

Júlio se entregou na delegacia, na manhã desta terça-feira (25), e afirmou que foi chamado de corno pela vítima e isso acabou o deixando revoltado. “Ele disse que foi entregar um dinheiro para que ela comprasse uma bicicleta para a filha e os dois começaram a discutir. Ele então atirou e saiu andando. Ele diz que só depois pensou em matá-la, mas acreditamos que ele já tenha ido ao local com essa intenção”, disse a delegada Karolina Souza Pereira.

Além disso, o homem afirmou que a filha do casal, menina de 9 anos, estaria do lado de fora do bar e apenas escutou os disparos. Mas a versão está sendo investigada pela Polícia Civil. O revólver, segundo o suspeito, foi comprado há algum tempo e que havia bebido quatro latas de cerveja antes do crime.

“Ele alegou que estava cansado da vítima e da população chamando ele de corno. É importante ressaltar que ele estava em um relacionamento com outra mulher há sete meses, essas alegações de xingamentos seriam do relacionamento passado, não do atual”, disse a delegada. 

No dia cinco deste mês, Adriana já havia procurado a delegacia para registrar que Júlio teria descumprido medida protetiva. Na ocasião, ela teria relatado que saiu da casa de uma amiga aquele dia e foi seguida pelo homem. Ele então emparelhou o carro com o veículo da vítima e teria dito que a mulher não prestava e não aceitava a separação. A filha do casal teria presenciado a discussão.

Ainda segundo a Polícia Civil, o homem tem uma extensa ficha criminal com passagens por violência doméstica de vários relacionamentos desde 2008. “Cada vez que mudava de namorada dava problema relacionado à violência doméstica”, afirmou a delegada.

Ele foi encaminhado para o presídio e deve passar por audiência de custódia. O inquérito deve ser concluído em dez dias. 

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