Assassinado com tiros na cabeça em Campo Grande teria sido morto por bater em mulher
Homem tinha acabado de deixar a cadeia quando foi assassinado
O homem assassinado a tiros na Avenida das Bandeiras, em Campo Grande, na manhã desta sexta-feira (28), foi identificado como Lourival de Souza Fernandes. Ele havia acabado de deixar a cadeia, na ‘saidinha’ do semiaberto. Lourival teria sido morto por bater em uma mulher.
Informações são de que o assassinato teria acontecido depois de Lourival ter batido em uma mulher, que ainda não se sabe se teria ligação com o autor do homicídio. A polícia investiga se a agressão seria mesmo o motivo para o crime. Lourival tem passagens por tráfico de drogas, homicídio, violência doméstica, embriaguez ao volante e lesão corporal dolosa.
Ainda segundo informações, Lourival teria acabado de sair da cadeia, na ‘saidinha’ do semiaberto, onde cumpre pena. Em maio de 2016, Lourival foi acusado de matar Anderson Aparecido Ferreira, no Jardim Colorado. No primeiro julgamento, ele chegou a ser absolvido depois que os jurados entenderam que Lourival tinha agido em legítima defesa.
Câmeras de segurança
Câmeras de segurança flagraram o momento em que um pedestre foi assassinado a tiros na Avenida das Bandeiras, em Campo Grande, na manhã desta sexta-feira (28). A vítima foi morta com dois tiros na cabeça, sendo que um deles transfixou a testa.
Pelas imagens é possível ver quando o assassino estaciona o carro Gol, de cor prata, em uma das ruas de cruzamento com a avenida e desce andando perto das paredes de comércios da região, em uma tentativa de não ser visto pela vítima.
Logo que o homem chega na esquina, o autor empunha a arma e dispara cerca de cinco vezes contra a vítima, que chega a olhar para o assassino. O homem cai morto na esquina e o autor foge em seguida. A vítima tinha quatro perfurações, sendo que dois tiros atingiram a cabeça.
Moradores ouviram disparos
Morador disse que nunca viu a vítima na região e uma outra testemunha contou ao Jornal Midiamax que ouviu disparos e quando saiu na companhia de seu pai encontrou o homem morto. Uma testemunha contou que logo após o crime, dois desconhecidos passaram em uma bicicleta xingando a vítima que já estava morta.
A vítima estava com um molho de chaves nas mãos, que seria de um veículo Ford, que não foi localizado nas redondezas pelos policiais. Ainda segundo informações, o homem estava com um celular furtado.
Acusado de assassinato
Lourival contou aos jurados, no dia do julgamento, que uma semana antes do dia do crime, Anderson já tinha invadido a casa da namorada do réu e cometido furto, levando cosméticos que ela revendia. Eles não registraram boletim de ocorrência e uma vizinha viu que era Anderson o autor do furto.
No dia 1º de maio do ano do crime, a vizinha viu quando Anderson entrou na casa da namorada de Lourival novamente. Ela ligou para a mulher, que voltou para casa. Segundo Anderson, naquela noite por volta das 23 horas a namorada ligou para ele chorando e contando sobre o caso, mas ele não quis se envolver.
Já na manhã seguinte, a namorada teria ligado novamente. Lourival afirmou que foi até a casa de Anderson apenas para saber onde estavam os objetos furtados e que até levou R$ 300, que daria para ele para recuperar os pertences. Ele disse que levou o revólver calibre 32 porque sabia que Anderson era uma pessoa perigosa e violenta, usuário de drogas e que costumava cometer delitos no bairro.
Conforme o réu, ele questionou sobre os pertences, mas Anderson não quis responder e sacou uma faca de açougueiro, partindo para cima dele. Os dois teriam entrado em luta corporal, quando Lourival atirou. Ele afirmou que não queria atingir a vítima, mas que no momento de nervoso descarregou o revólver. Anderson foi encontrado no quintal de uma casa vizinha, após ter tentado fugir, foi socorrido e morreu 23 dias depois no hospital.