Após escândalos sexuais, família Trad não emplaca eleitos em Mato Grosso do Sul

Após escândalos sexuais, família Trad não emplaca eleitos em Mato Grosso do Sul

Os três membros da família Trad que disputaram nas urnas foram derrotados neste domingo

Escândalos sexuais envolvendo o ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD), que concorreu como candidato ao governo de Mato Grosso do Sul nas eleições deste domingo (2), impactaram nas nas urnas e nenhum dos candidatos da família Trad conseguiu se eleger.

Com nomes para diversos cargos, a família Trad deixou os três membros que eram candidatos derrotados. Marquinhos, que deixou a prefeitura de Campo Grande em abril para se lançar à campanha de governador, viu os números caírem conforme o inquérito que investiga supostos assédios sexuais avançava na Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

A perspectiva de campanha do candidato era chegar ao 2º turno, mas o resultado das eleições 2022 colocaram Marquinhos Trad em 6ª lugar, com 8,67%, um total de 124.624 votos.

Outro nome que ficou de fora foi o do irmão de Marquinhos, Fábio Trad (PSD), que obteve 43.880 votos para deputado federal. Porém, a coligação a qual faz parte, do PSD, não obteve votos suficientes para conseguir uma cadeira na Câmara Federal. Dessa forma, não entra nem como suplente.

Outro nome que não conseguiu se eleger foi o do sobrinho de Marquinhos, Otávio Trad (PSD), que é vereador e tentou uma vaga na Assembleia Legislativa. Ele obteve 8.891 votos e vai continuar na Câmara.

Denúncias de assédio sexual abalaram campanha

As denúncias vieram à tona no fim de julho, dias antes do PSD lançar a candidatura de Marquinhos Trad para o governo de MS. Na ocasião, Trad confirmou adultérios, mas negou o assédio, alegando que tudo faria parte de uma ‘armação política’.

O inquérito policial trata dos crimes de estupro, favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual, assédio sexual, importunação sexual, perseguição, posse sexual mediante fraude e vias de fato.

Após o primeiro registro feito por uma das vítimas, na Corregedoria da Polícia Civil, outras mulheres procuraram a Deam para fazer denúncias de assédio. Em coletiva no dia 26 de julho, a delegada do caso, Maíra Pacheco, afirmou que a informação de suposto pagamento feito às mulheres para registrarem denúncias não consta no inquérito.

No entanto, conforme a delegada, tudo seria investigado e caso seja provado que as mulheres tenham recebido dinheiro, elas podem responder por falso testemunho. O crime tem pena de 2 a 4 anos, além de multa.

Intimado duas vezes para depor

Marquinhos Trad foi intimado para prestar um primeiro depoimento na Deam, mas não compareceu. Ao invés disso, momentos antes do horário marcado – 14 horas – a defesa apresentou documento em que solicitava o adiamento, para data posterior à eleição.

Já no dia seguinte, o candidato foi intimado novamente pela Polícia Civil em Dourados, onde cumpria agenda fazendo uma caminhada, em campanha eleitoral. Ele mais uma vez se negou a prestar depoimento, alegando que está com agenda cheia e que só poderá comparecer após o dia 2 de outubro.

Ainda na sexta-feira (23), decisão judicial concedeu habeas corpus ao candidato, para que não fosse obrigado a comparecer na Deam. Isso, embora já tivesse sido intimado duas vezes e o não comparecimento implicasse crime de desobediência, sujeito à condução coercitiva.

FONTE: Mídia Max

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